13 de janeiro de 2012

Esmaltes da Nfu Oh

Olá pessoal,

Hoje vou falar de um esmalte que eu fiquei encantada quando vi... Graças a minha amiga do coração, Aninha, que me apresentou essa maravilha, o Nfu Oh!!

Como uma boa esmaltólatra que sou, não poderia deixar de compartilhar com vocês, certo?!

As cores são lindas e o vidrinho um mimo a parte!!

Mas por enquanto vocês não encontrarão no Brasil para vender... Mas muitas amigas, compram de um site chamado Fabulou Street - www.fabuloustreet.com e que chega direitinho aqui!! Vale a pena tentar!!

Espero que gostem dessa dica!!!








4 de janeiro de 2012

Tradição do Moti

Feliz 2012!!

E pra começar bem o ano, participamos do "moti tsuki" (bater moti).

O dia do Ano-Novo (oshogatsu) é um dos feriados mais importantes para a maioria dos japoneses. Segundo uma antiga lenda, que chegou ao Japão trazida pelos chineses, as pessoas que comem e fazem o moti nesta data também se alimentam do espírito do arroz, enriquecido pelos deuses, por isso terão sorte durante o ano que está chegando e uma vida longa.

O moti para quem não sabe é também conhecido como bolinho de arroz.
                                                                      
O moti é feito com arroz do tipo motigome cozido no vapor, que é colocado em um ussu (pilão de pedra ou madeira) e socado com um martelo de madeira até se tornar uma massa homogênea. No bolinho, os grãos não podem ser separados, representando a união das pessoas por um ano melhor.

O moti tsuki, como ja mencionei acima, é feito num ussu (pilão japonês), com a ajuda de um tsuchi (lê-se tsuti), que é uma espécie de grande marreta de madeira. Sendo uma tarefa para duas pessoas, o interessante começa aqui: uma bate enquanto outra esborrifa um pouco de água nos intervalos entre as batidas (quando o companheiro levanta o tsuchi); isso é feito para o arroz não grudar no bastão ou no pilão. O processo é repetido até o arroz ficar no ponto certo do moti: uma massa lisa e firme.

Normalmente feito em ocasiões festivas, principalmente na véspera de Ano Novo, esse método tradicional reúne muitas pessoas em torno do pilão e cada uma bate algumas vezes, simbolizando a união, tanto no plantio, na colheita ou no preparo do arroz. Esses grupos costumam ser de homens (de um bairro, por exemplo), cada um trazendo uma quantidade de arroz cozido (obviamente, feito pela esposa, filha, irmã ou mãe). E o moti é feito em grande quantidade, sendo distribuído entre os participantes. Ou vendidos, no caso dos eventos realizados no Bairro da Liberdade, em São Paulo, sempre no dia 31 de dezembro.

Curiosidade: ussu, ou pilão japonês,  era feito escavando-se um tronco de árvore de grande envergadura. Nas antigas colônias de imigrantes japoneses do Brasil usava-se árvores nativas como matéria prima. Depois de derrubado, o tronco passava alguns dias sob chuva e sol até a seiva secar, e só então era escavado – do centro para as laterais. Depois de pronto, mais alguns dias para secar e seu interior recebia um banho de cera (material usado na produção de velas), para preencher possíveis rachaduras e orifícios da madeira.

Alguns tipos de moti:
O-sonae moti – bolos maiores e sem recheio, de dois tamanhos diferentes (colocando-se o menor sobre o maior), feitos especialmente para oferecer nos altares budistas em comemoração ao Ano Novo.
Ko-Moti – são os bolinhos sem recheio, geralmente vendidos em pacotes de dez ou doze unidades. Conservar em geladeira, embrulhado em papel alumínio ou em recipiente com tampa e que não tenha cheiro. Em dias frescos, pode ser deixado ao ar livre – mesmo que resseque, basta aquecer um pouco no forno ou na frigideira para que amoleça novamente.
O ko-moti e o o-sonae moti podem ser consumidos de várias maneiras:
- Puro; só polvilhado com açúcar, ou com açúcar e um pouco de molho shoyu;
- Grelhado (em chapa ou frigideira sem óleo) – assim que estufar, é colocado num prato (ou tigela) com um pouco de molho shoyu e açúcar. Se não tiver habilidade no uso do ohashi (palitos próprios para pegar e comer os alimentos), use garfo e faca para picar o moti – prefira pedaços bem pequenos para poder engoli-los, visto que a mastigação é difícil.
- Ozoni – um prato típico de inverno, presente principalmente no Ano Novo, mas que pode ser degustado em qualquer época do ano para os apreciadores. São pedaços de moti colocados em missoshiru. O ponto é quando os pedaços menores se desintegram na sopa e os pedaços maiores ficam flutuando.

Cuidado: a falta de hábito em comer este prato costuma provocar engasgamentos.

Anko-moti – moti recheado com anko (doce de feijão azuki).
Kinako-moti – moti colorido por corante verde, recheado com anko e polvilhado por kinako (farinha de soja).
A combinação de motis coloridos e outros doces que encontramos à venda nas lojas de produtos japoneses representa “a alegria sempre presente na vida, em cada dia do ano, como se fosse Dia de Ano Novo”. Nas tradições antigas existiam regras na arrumação dos pratos – de doces ou de outros, dependendo da ocasião: em festividades, um visual colorido e ‘expansivo’; e nas missas, um visual mais sóbrio.
Hoje em dia o moti pode ser feito também com o uso do liqüidificador, onde é moído antes de cozinhar.

Receita de ‘Moti’ caseiro, com liquidificador

Ingredientes:
500 gr de arroz moti
Água para deixar de molho – pré fervida ou mineral
Recipiente – prefira os de vidro ou porcelana (que não deixa odores)
Aproximadamente 02 copos americanos de água pré fervida ou mineral para colocar no liqüidificador.
Modo de preparo:
Após lavar bem, deixar o arroz de molho por 03 a 05 horas, com pouca água – suficiente para cobrir os grãos e mais um pouco.
Jogar o que restar da água do molho e passar no liqüidificador, com 02 copos de água; colocar na mesma vasilha e deixar assentar por 01 hora (de preferência, na geladeira, em dias muito quentes).
Para o cozimento, preparar um tecido fino dentro da panela à vapor para receber a massa de arroz.
Jogar a água em excesso e cozinhar a massa, mexendo de vez em quando com uma colher de pau (ou shamoji, próprio para arroz). Pode-se deixar em fogo alto por 40 min ou até ficar no ponto.
A característica do moti é uma massa bem consistente.
Para fazer os bolinhos ou recheá-los com anko, use a massa ainda quente (num ponto que não queime as mãos). Para facilitar, despeje sobre uma superfície coberta com amido de milho (do tipo maisena) para não grudar tanto nas mãos. Pode-se usar uma colher para separar os pedaços enquanto se faz os bolinhos.
Rende duas porções de o-sonae-moti (uma menor e outra maior). Se for ko-moti, rende de 25 a 30 unidades.
Dicas:
- Use sempre água pré-fervida, filtrada ou mineral para evitar o cheiro característico do cloro, no preparo do arroz.
- Se for rechear, recomenda-se fazer o anko antes.
- Para cozinhar no microondas: usar recipiente para microondas e deixar por 10 minutos em potência alta.





Que este ano seja de fartura, sorte e prosperidade para todos nós!!


Por Célia Sayuri Yano